Em entrevista concedida ao Mais Esports, Samuel Walendowsky, CEO da Liberty, informou que a equipe não irá fazer scrims com outros times do CBLOL durante o 2º split deste ano. A decisão se deu por buscar alternativas mais eficientes de treino, e Walendowsky avaliou como promissora a escolha de optar por não participar das scrims. A nova metodologia da organização, segundo Samuel, promete revolucionar o cenário de League of Legends no Brasil.
Walendowsky explicou que, na sua perspectiva, algumas decisões do cenário são inconsistentes. Pensando com sua coaching staff, então, buscaram desenvolver uma linha de raciocínio tática que compreenda situações adversas. Ele citou que a principal similaridade com a comissão técnica, que inclui o campeão da LCS Turtle, foi a “insatisfação pela maneira como as coisas são feitas”. Ele citou exemplos como desmontar um time campeão a curto prazo, contratar ‘apenas’ jogadores fortes, dentre outras. Segundo Walendowsky, montar uma equipe forte e ganhar o competitivo não torna um time forte e promissor.
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CEO explica nova metodologia de treino e decisão da Liberty de abolir scrims para o segundo split
Pensando nisso, a comissão técnica da Liberty, seguindo os parâmetros da organização, busca desconstruir esse ecossistema de rotatividade excessiva e estruturar trabalhos de base. Um dos fatores apontados foi a introdução de valores, como o respeito à saúde dos jogadores, busca efetiva por melhor desempenho e entender como isso pode impactar na rotina produtiva dos jogadores. Além disso, outro ponto foi sobre dar autonomia aos treinadores durante os jogos, respeitando as decisões táticas e técnicas, segundo Samuel.
“É um ponto que eu levantei, por exemplo, o que a gente está treinando? É um early game? Então porque a gente está levando uma hora para fazer draft, entrar no servidor, jogar todo o jogo e treinamos um early game em um período de uma hora?”, exemplificou, enfatizando que o League of Legends não dispõe de ferramentas para treinar pontos específicos do jogo.
“E sempre esbarra num ponto que é: o LOL não dá ferramentas para você treinar nesse formato diferente, de forma isolada, com diversas situações. E de fato, ele não dá as melhores ferramentas. Ainda falta muito conhecimento de como estruturar treinos dentro do LOL”, explicou.
Dessa forma, a organização vai fugir do modelo tradicional de treino e buscar novas metodologias que se encaixam nos valores do atual elenco. “A gente já vem reduzindo as scrims desde o primeiro split. Agora, a gente sentiu que é possível, dentro do nosso contexto, fazer treinamentos para que a gente não fique dependente de outras organizações para organizar os nossos treinos”, finalizou.
Novas contratações e reforço do elenco
Além disso, o CEO informou que estuda a possibilidade de integrar novos jogadores para fazer parte do elenco. A iniciativa visa diversificar o estilo de jogo e faz parte da decisão da não continuidade com scrims.
“É algo que já vem sendo conversado há muito tempo, e que no futebol é muito utilizado esse sistema de três grupos, o G1, G2 e G3. Isso vai girar muito conforme as competições. No e-sports já é um pouco diferente porque o calendário é sempre o mesmo, a rotina é a mesma. Por isso, acaba que não existe tanta necessidade de rotação nos cinco jogadores principais. Mas, agora, para os treinamentos, de fato ter mais jogadores dispõe a estilos diferentes de jogadores e você consegue ter uma formação ainda maior de desenvolvimento maior desses jogadores”, detalhando que essa decisão ainda não foi bem estruturada pela Liberty, mas que nos próximos splits é algo a ser articulado pelo clube.
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